sábado, 16 de junho de 2012

Texto jornalístico com humor

Texto jornalístico com humor:
De repente, uma vaca na cama.
         Jornal Estado de Minas -16/02/1992        
       Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil  
              
Ao acordar de madrugada e ver uma vaca no canto de sua cama, mugindo e esperneando, o servente de pedreiro Emerson da Silva não teve dúvida: estava tendo um pesadelo. Mas ao abrir bem os olhos para poder certificar-se de que a seu lado estava era sua mulher, Tereza Simão, 23 anos, levou um susto ainda maior, porque além de enxergar realmente uma vaca ouvia também do outro lado gritos da mulher.                        
Desnorteado, ele custou a entender o que de fato estava acontecendo. Só que mesmo se levantando ele pode esclarecer coisas: a vaca havia escorregado no barranco ao alto e caído sobre o seu barraco, na rua C, n° 58 bairro Colorado. A vaca, pesando quase 15 arrobas, vazou as telhas de amianto, caindo maciamente na cama e por pouco não matando o casal, principalmente Tereza, que sofreu ferimentos leves.                                  
O acidente ocorreu por volta das 2h da madrugada de ontem, causou prejuízos, “danos materiais seguidos de ferimentos”, segundo a polícia, e foi registrado na lª Delegacia do bairro Laguna- Belo Horizonte. O dono da vaca, um tranquilo sitiante, apresentou as suas desculpas ao casal e prontificou-se diante do delegado Geraldo Magela a pagar todas as despesas.                                
O surrealismo do fato levou a vizinhança a espalhar comentários jocosos, de que o servente Emerson havia trocado a sua mulher por uma vaca, o que obrigou a mulher a acabar com a brincadeira prometendo colocar todos os engraçadinhos na cadeia. A vaca, uma Nelore bem definida estava pastando na beira do barranco, onde o capim está verdinho e no ponto ideal para uma boa pastagem, certamente por isso pisou em falso, quase comete uma tragédia e durante horas fez os bicheiros do bairro Colorado pedir a todos os santos que ontem 25, a vaca; não desse na cabeça. O dono da vaca foi informado pela polícia que deixar animal solto na rua é contravenção e ele está sujeito à multa e a indenizações em consequência de danos a terceiros.

O que a notícia nos conta? Onde aconteceu? Quando? Quem são as pessoas envolvidas na notícia? Qual é a fonte da notícia?  
A turma deverá ser dividida em grupos e cada aluno deverá  pensar em um  acontecimento interessante do dia-a-dia.
 O grupo deverá escolher dentre os relatos dos colegas o que achou mais interessante para que a partir dele escrevam uma notícia sobre esse acontecimento. Nesse momento é fundamental discutir as condições de produção de um texto, estabelecendo:
1- Quem escreve a notícia: um jornalista (portanto os alunos vão imaginar que eles são jornalistas);
2- Para quem se escreve: leitores/ ouvintes  do jornal;
3- Para que se escreve: uma notícia é escrita para relatar um fato acontecido;
4- Sobre o que se escreve: sobre o assunto do fato acontecido;
5- Qual o gênero que vamos escrever: uma notícia que precisa contemplar as questões: o que aconteceu, onde aconteceu, quando aconteceu, porque aconteceu, para que aconteceu, quem estava envolvido no acontecimento. A linguagem usada nesse texto não pode ser um fator que dificulte o entendimento da notícia.  
6- Após a escrita da notícia, cada grupo deverá criar o título, lembrando que nesse caso é uma frase pequena, mas que retrata o assunto do texto de forma a chamar a atenção dos leitores.   

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História em quadrinhos

História em quadrinhos

As histórias em quadrinhos são enredos narrados quadro a quadro por meio de desenhos e textos que utilizam o discurso direto, característico da língua falada. Assim, justifica-se a pesquisa pelo interesse de demonstrar como as estratégias de organização de um texto falado são utilizadas na construção da história em quadrinhos, que possui em seu texto escrito, características próximas a uma conversação face a face, além de apresentar elementos visuais complementadores à compreensão, tornando este estudo bastante prazeroso, pois a leitura de uma HQ causa no leitor um determinado fascínio devido à combinação de todos esses elementos.
As histórias em quadrinhos apresentam basicamente:
  • narrador, personagens, tempo, espaço e enredo (claro que esses elementos da narrativa devem ser tratados conforme nível de ensino);
  • quadrinhos alinhados na página sem necessariamente uma quantidade específica;
  • balões para as falas ou pensamentos;
  • palavras que representam barulhos;
  • textos verbais curtos;
  • imagens a cada quadrinho;
  • títulos;
  • nomes dos autores.



     

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Artigo de opinião 8ª série

Artigo de opinião:

Definição: É um gênero discursivo predominantemente argumentativo cujo objetivo principal é defender o ponto de vista do articulista que o assina sobre um ponto de discussão relevante da sociedade em termos sociais, políticos, culturais, etc.
Características:.
  • Objetivo: defender um ponto de vista; convencer e persuadir o interlocutor da validade de suas ideias.
  • Tema: a sociedade, a política, a cultura.
  • Contexto de circulação: periódicos, rádio, televisão, Internet.

Estrutura: relativamente livre, porém organizada em:
  • Título (criativo, para chamar a atenção do leitor);
  • Introdução (que situa e contextualiza o problema);
  • Desenvolvimento (que analisa o problema e apresenta argumentos que fundamentam o ponto de vista do autor);
  • Conclusão
  • Assinatura (do articulista responsável pela produção do artigo);

Linguagem:
  • Registro: predominantemente formal, mas com algumas marcas de subjetividade, como metáforas e hipérboles.
  • Pessoa e tempo verbal: na 1ª ou na 3ª pessoa do singular e predominantemente no presente;
  • Intenção comunicativa: convencer o leitor do ponto de vista defendido .
                
Exemplo de artigo de opinião.
Tiririca, populismo e despolitização
A. P. Quartim de Moraes
                 O desempenho eleitoral de Francisco Everardo Oliveira Silva, mais conhecido como o palhaço Tiririca, tem sido avaliado com certa indulgência por analistas e cientistas políticos. Seria apenas uma "manifestação de protesto" do eleitorado. Muitos desses analistas chegam a lembrar, numa comparação só aparentemente pertinente, que em São Paulo mesmo, nos anos 50, o rinoceronte Cacareco obteve votação maciça para vereador. Manifestação de protesto, especialmente numa eleição, é ato eminentemente político. Pressupõe consciência da adequação do meio ao fim que se pretende alcançar. O que pode existir de político no ato de votar num candidato que assumidamente não tem a menor ideia do que sua investidura poderá significar? Numa pessoa visivelmente manipulada por dirigentes partidários espertalhões? Pode ser muito engraçado eleger um palhaço para esculhambar um Poder da República que cada vez menos se dá ele próprio ao respeito. Mas não é nada engraçado verificar que palhaçadas acabam resultando quase sempre em decisões parlamentares que pouco ou nada têm que ver com os verdadeiros interesses dos eleitores. É um tiro que o eleitor alienado deu no próprio pé... Esse é o verdadeiro progresso. O resto é assistencialismo inconsequente ou, pior, oportunista. Certamente considerações dessa natureza, com todo o respeito humano que lhe é devido, são demais para a cabeça do campeão de votos Tiririca. Mas agora ele será governo, e também como tal deve ser respeitado. E os incomodados que afoguem o inevitável desalento no aforismo cínico de que cada povo tem o governo que merece. Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,tiririca--populismo-e-despolitizacao,623300,0.htm (Adaptação) 


Elaborar um artigo de opinião a partir das imagens abaixo:

   
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Intertextualidade II 8ª série

Intertextualidade com o Hino Nacional:

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Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria... (Bíblia, I Coríntios 13)

É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente; soneto 11 de Luiz Vaz de Camões (Rimas)     


 Intertextualidade com Bíblia, I Coríntios 13 e soneto 11 de Luiz Vaz de Camões

Monte Castelo


Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja Ou se envaidece...
O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...
É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...
Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
(Renato Russo – Legião Urbana, “As quatro estações”, 1989.)



intertextualidade 8ª série

Intertextualidade é a relação entre dois textos em que um cita o outro. Assim, qualquer texto que se refere a assuntos abordados em outros textos é exemplo de intertextualização. A intertextualidade pode ocorrer em textos escritos, músicas, pinturas, filmes, novelas etc.
Sabendo que os textos acima fazem parte de propagandas, qual a intenção do autor ao utilizar intertextos? Você acha que essa foi uma boa ferramenta para as propagandas? 

A intertextualidade pode ocorrer sob as formas abaixo:   

Paráfrase - A paráfrase consiste em refazer um texto fonte em função de seu conteúdo. É uma categoria que abrange resumos, condensações, atas, adaptações relatórios.
Paródia - A paródia é a recriação de viés crítico, com intenção cômica ou satírica. Na paródia, o texto fonte não é apenas o ponto de partida. Ele permanece entrevisto no espaço do texto recriado, sem o que se perde o efeito de sentido da paródia.






domingo, 10 de junho de 2012

Projeto literário 7º ano

                                Apresentação
          Com o objetivo de conhecer novos escritores, novas obras e estimular a leitura, a produção de texto, o aprendizado e a criatividade de cada aluno, no mês de abril cada aluno ficou responsável por fazer a leitura de alguns livros e escolher um para confeccionar o personagem que mais chamou a atenção e apresentar para os colegas o livro lido.
No início do projeto, os alunos leram livros do carrinho literário, um carrinho com literatura e que é levado para sala de aula toda semana. Depois da leitura desses volumes, os alunos escolheram uma obra para a realização do trabalho literário. Eles poderiam eleger um livro lido em sala ou outro da biblioteca da escola.
Conhecer novos livros e autores é uma atividade fundamental, pois apreciar a leitura é muito mais que um dever escolar, é uma contribuição essencial para a nossa própria aprendizagem. Sendo assim, esse projeto literário foi um modo encontrado para apresentar aos alunos novas histórias, novos escritores, desenvolvendo a criatividade com a confecção de personagens da história e a produção de textos.
Desta forma, buscamos desenvolver níveis diferenciados de produção escrita, instigando a perspicácia e a inventibilidade dos educandos.
 Enfim, este material foi um projeto realizado pelos alunos do 7º C e 7º D. Uma adaptação de um projeto já realizado anteriormente por outras turmas com as professoras Cristianne Elisney Caetano e Christianne Soares, e aqui estão registrados os personagens confeccionados pelos alunos e também suas produções escritas.

Professora Cristianne Elisney Caetano

                                      Personagens confeccionados pelos alunos:





Murais dia das mães





Aula sobre lenda 6º ano

Aula disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=20276

Aula 1

Conversar com os alunos sobre as lendas. Explicar para eles que lendas são narrativas transmitidas oralmente pelas pessoas, com o objetivo de explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Para atingir esse objetivo, há uma mistura de fatos reais com imaginários, num resultado em que se misturam história e fantasia. As lendas vão sendo contadas ao longo do tempo e modificadas através da imaginação do povo. Ao se tornarem conhecidas, são registradas na linguagem escrita.
Do latim, legenda (aquilo que deve ser lido), as lendas inicialmente contavam histórias de santos, mas, ao longo do tempo, o conceito transformou-se em histórias que falam sobre a tradição de um povo e que fazem parte de sua cultura.   
Características de uma lenda:
- Utiliza-se da fantasia ou ficção, misturando-as com a realidade dos fatos.
- Faz parte da tradição oral e vem sendo contada através dos tempos.
- Usam fatos reais e históricos para dar suporte às histórias, mas, junto com eles, envolvem a imaginação para “aumentar um ponto” na realidade.
- Fazem parte da realidade cultural de todos os povos.
- Assim como os mitos, fornecem explicações aos fatos que não são explicáveis pela ciência ou pela lógica. Essas explicações, porém, são mais facilmente aceitas, pois, apesar de serem fruto da imaginação, não são necessariamente sobrenaturais ou fantásticas.
- Sofrem alterações ao longo do tempo, por serem repassadas oralmente e receberem a impressão e a interpretação daqueles que a propagam.   
Texto disponível em: <http://www.infoescola.com/redacao/mito-ou-lenda/>. [Adaptado]   

No Brasil o que você imaginar
Plantas, bichos, cidade ou gente
Se você com cuidado procurar
Vai achar muita coisa diferente
Deve ser por essa razão
Que tantas criaturas encantadas
Em vez de Paris ou Milão
Escolheram o Brasil como morada
Nessa terra há mitos e lendas
Vagando por ai pra quem quiser ver
Então vamos parar com essa lenga-lenga
Partir para leitura e algum deles conhecer?   

Em seguida, apresentar para os alunos um vídeo do grupo Girasonho que conta a lenda do Jurutaí:   
http://www.youtube.com/watch?v=uxZW5dsFv7g&feature=related    
Após a exibição do vídeo, verificar se os alunos entenderam a lenda do Jurutaí, por meio de perguntas como: Como era o canto do Jurutaí? O que acontecia quando o pássaro cantava? Por que ele parou de cantar? O que os índios fizeram para que ele voltasse a cantar?   
Apresentar para os alunos a seguinte definição do que é o Jurutaui:   
Jurutaui, Urutau, Mãe da Lua
Em seu Dicionário do Folclore Brasileiro, Câmara Cascudo testemunha que essa ave noturna, de canto agourento, "melancólico e estranho, lembrando uma gargalhada de dor", cercou-se de "misterioso prestigio assombrador".
Pedir para os alunos pesquisarem e levarem lendas para a aula seguinte.

Aula 2
Fazer um círculo em sala e pedir para os alunos contarem as lendas que trouxeram.
Após a contação da lenda, dividir os alunos em grupos e pedir que cada grupo ilustre partes da lenda. Em seguida, pedir que a turma monte uma apresentação da lenda por meio das ilustrações.
 Pedir que os alunos pesquisem e anotem no caderno tudo o que descobrirem sobre o Saci-Pererê.

Aula 3
Pedir que eles digam o que encontraram sobre o Saci. O professor pode anotar no quadro as informações trazidas pelos alunos. Para preparar para essa atividade, é interessante que o professor também faça uma pesquisa. O site a seguir traz algumas informações interessantes:   
http://www.infoescola.com/folclore/a-lenda-do-saci-perere/    
Depois de listar as características, discutir sobre elas, vendo o que têm em comum, o que era conhecido ou desconhecido para a maioria, o que mais chamou a atenção, etc. Propor, então, aos alunos de assistirem juntos ao vídeo que conta a lenda do Saci-Pererê:  
http://www.youtube.com/watch?v=eyqC-mp_UOk&feature=related    
Após a exibição do vídeo, comparar com as anotações feitas em sala. O professor pode discutir com os alunos que as lendas sofrem alterações ao longo do tempo e, por isso, ora aparecem de um jeito, ora de outro, mas que têm elementos que perduram. Identificar junto com a turma esses elementos.